Refeições quentinhas

Meses depois, começo agora a disfrutar cada vez mais das minhas refeições ainda quentes quando como em casa. É que a Leonor já vai comendo sózinha e dispensa a minha ajuda.

Há já algum tempo que lhe damos a colher para a mão e incentivamos o seu uso. Ela adora e, mesmo quando é sopa e sou eu que lhe dou, ela reclama que quer ser ela a comer pela própria mão.
Nos últimos dias, quando chega a hora da refeição, começam os gritinhos insistentes a reclamar o início da refeição. Pede para se sentar na sua cadeirinha e se eu lhe digo para esperar começa a gritar que quer porque quer sentar-se. Sento-a na cadeira e se coloco o prato dela em cima da mesa, pede-me para lho colocar no seu tabuleiro: pá aki. Coloco-o na sua frente, ela pede-me a colhé e só descansa quando tem tudo à sua disposição para poder começar a comer.

Comprei algumas colheres anatómicas e ensinei-a a comer à bébé, agarrando a colher pelo meio e com a mão toda; e ela até se desenrascava bem a levar a colher à boca, a dificuldade residia no encher a colher.
Esta semana, tomou ela própria a iniciativa de pegar na colher como nós: na pontinha e com apenas 3 dedinhos. Quando a vi pegar assim, disse que ela não iria conseguir comer, que não seguraria bem a colher. Mas, o facto é que assim come muito melhor. Consegue encher a colher e praticamente não deixa cair a comida quando a mete na boca. Fiquei boquiaberta!
Ainda ontem comeu um prato de puré de batata com bife de vaca, alface e tomate praticamente sem ajuda.

Como ela já come praticamente sempre da nossa comida, tínhamos de comer ao mesmo tempo e eu não conseguia ir comendo ao mesmo tempo que ela, pois ela não fazia intervalos; era encher a colher e colocar-lha na boca, até ficar satisfeita. Só quando ela começava a ficar farta é que eu começava a comer e já estava tudo gelado.
Mais uma fase quase ultrapassada: a das refeições frias.