Com o coração nas mãos...

é como ando sempre!

A Leonor já anda muito bem sozinha e eu já não ando atrás dela pela casa, nem ela quer, quer é andar à sua vontade. Apesar de dar algumas quedas não se tem magoado embora chegue para eu me assustar. Ontem estava eu a pensar precisamente que ela não se tem magoado e que sabe cair: quando se desiquilibra joga o rabinho ao chão e fica sentada; quando ZÁS: cai de cabeça da cama dela. Ela estava de pé agarrada às grades e ao debruçar-se mais um pouco cai de cabeça. Eu estava mesmo junto a ela, mas de costas, e só a vi cair a meus pés. Vi que não tinha batido com a cabeça pois fez uma pirueta acrobática e caiu de costas, mas meio de lado. Bem, não sei, só sei que não se magoou. Chorou um pouco, de susto, mas depressa lhe passou. Quando a Leonor caiu vieram-me vários pensamentos: ligar ao pai, vestir-me e sair a correr para as urgências, ligar para o 112, ligar para o dói-dói, trrim-trrim. Mas depressa me apercebi que ela estava bem e que eu tinha visto que ela não tinha batido com a cabeça. Observei-a, acalmei-a e ela parou logo de chorar. Mas foi um valente susto!

Agora já não ando atrás dela, ando à frente a desviar todos os obstáculos do seu caminho. Porque se ela tropeça e cai para a frente pode aleijar-se mais do que para trás.
Mas a menina pensa que já pode correr e adora que eu ande atrás dela a tentar apanhá-la enquanto ela foge.

Também adora brincar ao esconde-esconde. Qualquer buraquinho serve para se esconder e dizer cu-cu.

Anda na fase das gracinhas; fá-las e olha para nós a rir à espera que a aplaudamos. Quando liga a música na sua mesinha de actividades, olha para nós a rir e começa a dançar.

E continua muito beijoqueira. Dá beijinhos e abraços apertados aos bonecos todos, aos que vê nos livros e em revistas, ao espelho, a nós sem o pedirmos também acompanhados por um abraço bem apertado.