sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Tal como previra...

foi uma consulta complicada. A Leonor chorou SEMPRE!
Começou quando a coloquei na maca para a despir e só parou quando saímos da sala. Nunca a tinha visto com os olhos tão inchados e vermelhos de tanto chorar...

Mas o mais importante é que está tudo bem...pelo menos no que o médico conseguiu observar. Só conseguiu pesá-la, medi-la e observar-lhe a nuca...mais nada. Tentou auscultá-la, mas sem sucesso; nem com os brinquedos que lhe mostrou ela se acalmou.
Pesa 10.300 kg (percentil 50) e mede 77 cm de estatura (percentil 50) e 47 de perímetro cefálico (percentil 75). Pela primeira vez numa consulta, foi pesada na balança de adultos e não na de bébés; logo pensei que ela não pesasse tanto, que aquela balança não era tão fiável, mas em casa também a pesámos e o peso correspondia...com o que ela anda a comer, não era para menos.

No final da consulta ainda teve de levar duas picas e foi um tormento...fazia tanta força para a soltarmos (detesta estar agarrada) que eu quase que a deixava cair do meu colo. Em casa coloquei-lhe um benuron para prevenir possíveis dores e não me apercebi que as tivesse tido ou que ficasse com febre: dormiu a noite toda!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Dia de pica


Hoje a Leonor tem a consulta dos 15 meses no Centro de Saúde.


Não é uma consulta tão rigorosa como a do pediatra, mas como não é pesada e medida há algum tempo e, principalmente, tem de levar uma vacina, lá vamos nós.

Sei que vai haver choradeira das grandes quando ela avistar médico e enfermeiras...já me está a custar. Nos primeiros meses de vida, a Leonor adorava as consultas, pois estava despida como ela tanto gostava. E quando levava vacinas só chorava mesmo quando sentia a pica e depois ficava logo bem-disposta. Agora é bem diferente...mas uma atitude normalíssima para a idade. E depois, com tantas consultas e 2 cirurgias é normal que já saiba ao que vai...compreendo-a perfeitamente.


Relativamente ao vestido para a Leonor para o baptizado da Margarida: já o encontrei. É muito simples, tal como eu gosto: rosa e sem mangas, tipo saia. E como é para 12 meses fica-lhe mesmo mesmo bom...o de 18 meses não havia, mas julgo que lhe ficaria grande. Só espero que ela não dê um grande esticão nas próximas 3 semanas...depois pode dar à vontade!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Fios e colares


A Leonor adora-os!

Quando apanha algum coloca-o logo ao pescoço, pavoneia-se pela casa, mira-se ao espelho e dá-lhe beijinhos. Mas se encontra algo que se assemelhe a um fio também serve para colocar ao pescoço: no outro dia andava muito contente com o meu cinto e depois com a bolsa da máquina fotográfica que tem um grande cordão. Ontem quando cheguei à casa da tia, lá andava ela a brincar com colares que a tia tem para usar no Carnaval.

Mas ainda se me visse a andar sempre com fios ao pescoço...mas eu raramente uso. Gosto, mas esqueço-me e depois dela nascer é mesmo raro...já me partiu dois!

Parece que é mesmo tendência feminina!








terça-feira, 28 de outubro de 2008

Esquisitices

Devo ser mesmo muito esquisita!

Daqui a menos de um mês temos o baptizado da minha afilhada, a Margarida. E como madrinha gostava de ir vestida de acordo. Mas não encontro nada que me encha o olho, que eu possa dizer: ah, este vestido sim; é lindo.
E o mesmo se passa com a roupa da Leonor. Tinha pensado num vestido mais formal...mas nada. Só encontro vestidos de baptizado ou então muito práticos. Ontem comprei um conjunto da Chicco caríssimo que é engraçado, mas não o que eu pretendia. Ainda continuo à procura, mas se não encontrar o que pretendo terá de levar aquele. E ainda faltam os sapatos.
Não estou com disponibilidade para ir a centros comerciais (que ficam bem longe de casa) e nas lojas de rua não há nada...

Nestas ocasiões os homens é que têm sorte: um fato simples com uma camisa e gravata giras, e ficam muito elegantes.

Adenda: 23.16h-Caso resolvido: comprei o "vestido ideal" para mim e acho que a Leonor vai muito bem com o seu conjuntinho (calção, camisa e colete). Mas se encontrar outra coisa compro, pois é sempre mais seguro levar duas mudas de roupa para ela.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Os meus 15 meses!


Já estou tão crescida! A minha mãe olha para mim e pensa como é que o tempo passou tão rápido e eu já estou a ficar uma menina e a deixar de ser um bébé...pois claro que já não sou bébé!

Já ando há 3 meses e também já aprendi a correr; faço muitas vezes corridas de obstáculos mas ainda tenho de treinar mais um pouco. A minha mãe bem me diz para andar devagar...mas que graça é que isso tem? Tenho de gastar a energia que adquiro com os alimentos.

Por falar nisso, sabem que ando sempre atrás da minha mãe a pedir papa, pi (pão), ba (bolacha), bô (bolo), thithi (leitinho), etc? Ela passa-se com o que eu como, por vezes diz que não me dá mais nada para comer, mas depois tem pena de mim, pensa que se estou a pedir é porque tenho fome, e dá-me tudo o que lhe peço...mães! Eu não era assim, mas depois de ter estado doente e sem apetite, senti falta da papinha e agora não quero outra coisa: sou capaz de comer este mundo e o outro (expressão da minha mãe!).

Neste último mês aprendi muitas palavrinhas novas e os meus pais já não têm de tentar adivinhar o que eu quero: eu própria lhes digo. As palavras mais recentes são:
bó=embora
abô=acabou, avô
abó=avó
nhi=madrinha, joaninha, galinha (e tudo o que acabe em -inha)
mniiim=menino(a)
qué i=o que é isto?

Por vezes também repito o que os meus pais dizem, mesmo sem perceber o que é, mas eu quero é aprender... E já entendo TUDO o que me dizem, mas quando não me convém faço que não ouço...é um bom truque para poder continuar a fazer o que eu quero!

Gosto de ajudar a minha mãe nas tarefas domésticas e ajudo-a a fazer a cama, a deitar o lixo no balde (mas às vezes ela zanga-se comigo quando encontra lá alguns objectos que ela diz que não são lixo), a arrumar as gavetas: então sabem que ela tem tudo desarrumado e eu tenho de trocar tudo de sítio?...mas depois lá vai ela atrás de mim e volta a desarrumar! Mas que mania!

E também já aperfeiçoei muitas das minhas acções: já consigo enfiar o chapéu na cabeça (quando me dizem que vamos à rua vou logo buscá-lo e enfio-o na cabeça; assim já não têm desculpa para não sairmos de casa); já vou conseguindo comer sózinha com a colher, mas ainda preciso de mais uns treinos; e já consigo, mas isto já há algum tempo, abrir as portas e sair para a rua (isto quando a minha mãe se esquece de trancar as portas).

Adoro dar beijinhos e abraços à minha mãe e às vezes a outras pessoas que me estão bem próximas, mas ao meu pai não dou: gosto de brincar com ele e quando ele me pede beijinhos eu fujo dele e rio-me. Sou muito brincalhona! Adoro fugir, esconder-me e depois aparecer e dizer cu-cu. Quando faço isto tudo ao colo de alguém ainda melhor.

Tenho alguns Dvd's de músicas infantis e já as sei de cor. Gosto muito de as ouvir e dançar enquanto ando pela casa a brincar com os meus bonecos e com os da minha mãe (ela diz que não são bonecos, mas eu entendo-os como tal). Também já conheço de cor as páginas dos meus livros (tenho de pedir mais à minha mãe) e já sufoquei muitas vezes as minhas bonecas com tantos beijos e abraços...mas são tão fofinhas!

Adoro os animais, principalmente cães e gatos, talvez por ser os que vejo mais. Cá em casa só temos piu-pius (passarinhos) mas eles não me deixam tocar-lhes como faço ao cão do meu avô e à gata da minha tia.

Resumindo: sou uma criança FELIZ.
Sou amada por todos e quero dizer aqui que esse amor é recíproco. Tenho a sorte de conviver com toda a minha família mais próxima e gosto de todos, sem excepção...mas atenção: têm de continuar a deixar-me fazer tudo o que eu quero. Caso contrário eu bato o pé, faço fita e depois não pensem que me "compram" com o gato o cão ou outro animal qualquer, como tentam fazer sempre...
Combinado?

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Marlene

Parabéns à pirralhamummy por ter acertado logo à primeira tentativa.
Não me identifiquei inicialmente porque não é dos nomes mais comuns...mas não é por o saberem que ficam a saber mais sobre mim...isto por mera precaução contra "mentes mais mesquinhas".

Agora invejem-se um pouco: o meu fim-de-semana vai ser XL. Aqui por estes lados é feriado na segunda-feira e eu vou poder passar o dia com a Leonor e assim festejar os seus 15 meses. Vamos passear as duas, vamos às compras. Só as duas...porque o pai não tem este feriado!

Bom fds de 2 dias para vocês!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

ليونور

Este é o nome da Leonor em árabe!

E o meu é este:مارليني

Para quem não sabe o meu nome, desafio a tentar traduzi-lo.

Boa sorte!

Adenda: Ok, dou uma ajuda: a primeira sílaba do nome é mesmo Mar, tal como me identifico aqui.

Dentes


Ontem descobri o 10º dente da Leonor: o primeiro molar inferior esquerdo.


Embora um pouco atrasados, têm seguido a ordem habitual.


quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Tu estás mais magra!!!

Eis a frase que mais ouço ultimamente...e tenho adorado!

Pois é, finalmente consegui perder peso que se note.


O meu peso durante muitos anos centrou-se nos 58 kg e era o ideal porque se perdesse apenas dois ficava a parecer um esqueleto andante, tal como aconteceu no meu último ano de faculdade.

Quando comecei a trabalhar e a levar uma vida mais sedentária passei a pesar 60 kg e antes de engravidar já ia nos 62/63. Na gravidez aumentei 13 kg e após o parto fui perdendo peso gradualmente mas quando cheguei aos 65 kg estacionei e não passava daí.


Mas agora já desci para os 60 kg novamente. Ainda não cheguei ao meu peso ideal anterior, mas o nosso corpo também muda com a maternidade. Sei que se bebesse mais água e mandasse embora os líquidos que teimam em ficar e que me fazem andar sempre com os pés inchados, poderia chegar lá, mas sou tão preguiçosa para beber água, simplesmente esqueço-me.


Mas sinto-me muito bem assim. Não sei se esta perda de peso se deve aos últimos dias de stress por que passei. Se a eles se deve preferia ter mais 5 kg se a Leonor não tivesse sido operada. Mas já que teve de ser, pelo menos teve um benefício, já que os kg a mais não me faziam qualquer falta. Mas eu já vinha a perder peso antes...
Até já comecei a vestir roupa que tinha abandonado há muito tempo atrás...agora pensam que é nova!

Só há uma coisa que me preocupa:
O Natal está a chegar e os bombons vão começar a sorrir para mim.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Amamentação

Não, não é um tema actual aqui por estes lados, pois a Leonor já deixou a mama há muitos meses atrás.
Mas tenho lido muitos artigos e posts sobre este tema e há algum tempo atrás, quando li este post, pensei que sorte eu tive por não sofrido com a amamentação como acontece com muitas mães. Mas, mais tarde, no percurso da minha longa viagem para casa, reflecti: Espera; eu também sofri com a amamentação, mas foi um sofrimento precoce. Passo a explicar:

Como vocês sabem, ou talvez não, a Leonor nasceu com lábio leporino, uma fenda labial que atingia também o maxilar superior esquerdo. Eu fiquei a saber que ela tinha esta particularidade aos 5 meses de gravidez e, depois de muito ler e tomar conhecimento de outros casos semelhantes, fiquei a saber que na maior parte dos casos os bébés com lábio leporino não conseguem mamar.
Fiquei muito triste, como devem calcular! Eu sempre soube que iria ter leite (era um feeling), que iria ser suficiente, que queria amamentar (nunca tive qualquer dúvida), que a Leonor iria querer mamar logo...e que depois não iria conseguir!
Então comecei a informar-me sobre as alternativas possíveis. Soube que existiam umas tetinas da Chicco indicadas unicamente para estes bébés, mas só as encontrei numa farmácia porque as deixaram de fabricar, e comprei as 3 que tinham; li tudo o que encontrei sobre métodos de extracção de leite e sobre a sua conservação; tentei informar-me sobre os melhores leites artificiais, caso fosse necessário...
Mas não me conformava: sempre tive certezas quanto a amamentar os meus filhos, sempre o desejei! Queria criar-lhe muitas defesas através do meu leite, queria fortalecer os nossos laços nesses momentos únicos entre mãe e filho, queria que ela crescesse saudável e forte!...
Mas mesmo assim sentia-me tranquila e preparada para fazer o que fosse necessário, pois como escrevi no início do texto, só há pouco tempo me apercebi do meu sofrimento nesta altura.


No último mês de gravidez a minha tensão começou a subir e eu tive de começar a ser vigiada bem de perto pelo obstetra. Uma enfermeira disse-me que deveria ser por eu andar nervosa devido ao problema da Leonor e eu respondi-lhe que não, que me sentia muito bem, que sabia que iria correr tudo bem. Mas ela sabia que não era verdade, sabia-o melhor do que eu. Perguntava-lhe mil e uma coisas sobre a amamentação e outros casos que ela conhecia. Ela respondia-me, com toda a sua tranquilidade e doçura que lhe são características, para não me preocupar, que a Leonor poderia mamar normalmente, que cada caso é um caso, que os bébés que têm a fenda até ao palato é que é mais complicado e ela poderia não ter (nunca soube da gravidade até a Leonor nascer...mas no fundo sabia que não iria chegar ao palato, aí sim seria bem mais complicado), que depois dela nascer logo se via como iria ser. Mas eu queria estar preparada para tudo, não queria andar a comprar isto e aquilo após um parto e com um bébé nos braços cheio de fome...sentimentos de mãe de primeira viagem!


Mas ela tinha toda a razão!
Quando a Leonor nasceu disseram-me logo que não tinha fenda palatal e fiquei bastante aliviada. Como demorei duas horas na sala de recobro e ela não poderia estar lá comigo, deram-lhe biberão pois viram que estava cheia de fome: e ela bebeu com uma tetina normal como se sempre o tivesse feito. Fiquei muito feliz quando mo disseram, mas receosa que ela assim não pegasse na mama se conseguisse mamar, como acontece com muitos bébés quando se habituam logo ao biberão. Mais tarde, já no quarto, a Leonor começa a chorar e eu peço para a colocarem ao meu lado. Nem imaginam a minha felicidade quando vejo que apesar da má posição em que me encontrava por não me poder levantar, a Leonor começou a mamar! E no peito que ela depois rejeitou!... No dia seguinte apercebi-me que ela tinha preferência por um peito e só dias depois constatei que ela tinha mesmo dificuldades em mamar no outro. Como a boca não fechava totalmente, o poder de sucção ficava diminuído.
Tentámos colocá-la noutras posições, ao contrário, como se estivesse a mamar no outro peito, quase de pé, e durante o primeiro mês o pai ajudava-nos sempre durante a amamentação. Mas depois desistimos: vimos que ela ficava muito cansada, que engolia muito mais ar do que leite e depois bolçava muito e, no fim, acabava por mamar muito pouco daquele peito. Falei ao pediatra do receio que tinha dela mamar só num e ele respondeu-me que há muitos bébés a mamar só num peito, que este produz o leite necessário e que ele próprio, o pediatra, mamou só num peito até aos 2 anos e cresceu muito bem. E assim foi: a Leonor desenvolveu-se sempre muito bem e nunca mamou mais de 8, 10 minutos.

Aos 4 meses, como já mamava com mais força, o peito começou a ficar dolorido. Eu punha sempre muita pomada mas ele acabou por gretar e eu gritava enquanto ela mamava. Saí uma manhã e fui a correr comprar leite para ela beber quando acordasse. Sabia que já não aguentava as dores e que se ela mamasse mais uma vez não bebia leite, mas sangue.
Foi um dia muito preocupante porque ela não queria beber pelo biberão e eu não sabia se era por não estar habituada, se por não gostar das tetinas e experimentei várias, se por não gostar do leite ou ainda se por não conseguir beber pois na altura ainda não tinha sido operada. Dei-lhe leite por uma colher, pelo biberão sem a tetina, tipo copo, mas à noite ela já conseguiu beber pelo biberão: não estava era habituada ao biberão. A partir daqui comecei a alternar o biberão com a mama (esta entretanto melhorou por estar um dia a descansar), mas a Leonor começou a manifestar preferência pelo biberão. Mas fui sempre insistindo e ela mamava de manhã e à noite, mas não mais de 2 minutos.
A última vez que mamou foi a 22 de Janeiro, com quase 6 meses, nas vésperas da cirurgia ao lábio. Após esta ela não podia mesmo mamar para não forçar a boca e como eu já tinha pouco leite e ela não queria mamar, não o tirei e ele secou naturalmente. Ah, o outro peito nunca secou até esta altura mas também não produzia leite...e andava com um enorme e outro pequenino!

Deste modo, o fim da amamentação não foi um drama: para a Leonor deve ter sido um alívio, pois já preferia o outro leite mais forte e para mim também foi bom ver que ela não sentiu a falta da mama e que mamou quase 6 meses.

Resumo: tantos receios para nada...e ainda bem que assim foi!

P.S.: ando a esticar-me com os posts, eu sei. Prometo que vou ter mais cuidado, mas quando começo a escrever...



segunda-feira, 20 de outubro de 2008

E as férias terminaram...

...por este ano! Tinha deixado duas semanas para tirar quando a Leonor fosse operada...e já se passaram. Agora, férias só para o próximo ano!
Mas para dizer a verdade, estes dias de férias não tiveram quase nada! Mas passei o tempo todo com a Leonor...e por isso já valeu bem a pena!

A Leonor está muito bem, parece que não passou por nada. Mas há dois dias começou a ficar com o canto do olhinho vermelho: está "pisado" devido às massagens. Mas a partir de hoje já começo a fazer menos e pode ser que não a magoe tanto. Mas o que importa, embora me custe vê-la chorar tanto com as dores que lhe causo, é que parece estar tudo bem: as remelas nunca mais apareceram após a cirurgia, mas a lagriminha ainda subsistiu uns 3 ou 4 dias; mas agora também não tem aparecido.

Passámos os últimos dias em casa e a Leonor já estava saturada de estar entre 4 paredes. Mas tinha a minha casa a precisar de uma mãozinha...
Mas ontem, a convite dos meus pais, resolvemos sair para aproveitar o meu último (e único) dia de férias. Passámos a tarde aqui e divertimo-nos muuuito. A Leonor adorou ver os animais, brincou no parque infantil, quase adormeceu no safari e delirou quando entrou na loja: queria mexer em tudo...só náo pôde mesmo participar no rafting! Foi um dia diferente, muito divertido e bem passado...e principalmente, ao ar livre! Bem merecíamos!

Hoje já voltámos à rotina de acordar cedo...e custou tanto, principalmente porque a menina Leonor ontem lembrou-se de fazer serão e só adormeceu à 1.30h!

domingo, 19 de outubro de 2008

Mais um miminho

Este foi oferecido pela mãe da Madalena. Obrigada!
Desta vez não vou visitar-vos e oferecê-lo. Dedico-o a todas, todas, sem excepção.
Aceitem-no.

Que giros!





Estes dois miminhos foram oferecidos pela Sofia, mãe da Joana, a quem eu agradeço!

Segundo o segundo miminho, tenho de respeitar as seguintes regras:

“1. O vencedor recebe o prémio e poderá colocá-lo no seu blog;
2. Devemos fazer referência à pessoa que nos endereçou o miminho;
3. Enviar o mesmo prémio para 7 pessoas cujos blogs sejam uma inspiração;
4. Deixar um comentário nos blogs seleccionadas permitindo assim que eles saibam que foram presenteados e quem os presenteou!”.

Vou desrespeitar a terceira regra. Vou entregar-vos directamente...
Mas como só posso entregar a 7 pessoas, quem os quiser levar esteja à vontade...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Pós-cirurgia stressante...

Continuemos...

Como não era aconselhável a Leonor fazer uma grande viagem após a cirurgia e também porque ela tinha consulta no hospital logo na 2ª feira de manhã, ficámos em Lisboa na casa da minha irmã que está lá a estudar.
Estávamos tão cansados que demos uma papinha à Leonor, jantámos um prato de cereais e tentámos descansar...mas não conseguimos. A Leonor acordava de hora a hora e era muito difícil adormecê-la. O máximo que dormiu foram duas horas e meia, mas apenas às 7 da manhã. Ela tinha muita tosse, a qual começou ainda no hospital antes da cirurgia, e nessa noite piorou bastante. Depois também estranhava a cama e a casa, além de poder ter algumas dores, embora eu lhe tivesse colocado outro supositório. Ela chorava, só queria o meu colo e eu já não conseguia aguentar-me de pé (tinha passado a noite anterior praticamente em branco e o dia sempre com a Leonor ao colo). Foi uma noite muito difícil para todos, porque ninguém conseguia dormir com o choro da Leonor.

O dia seguinte, sábado, não foi melhor! Comia bem, até brincava um pouco, mas continuava rabugenta. Só me dizia = vamos embora (no hospital tinha feito o mesmo) e notámos que ela estava saturada de estar sempre em casa, e numa que ela desconhecia. Mas estava um dia farrusco, por vezes chovia e não queríamos levá-la a passear porque estava com muita tosse e podia piorar; até pensámos que teríamos de ir com ela ao hospital. Mas ao fim da tarde o tempo melhorou, agasalhámo-la bem e saímos. Adorou ver os carros a passar na rua e delirou quando chegámos a um parque infantil onde estavam outros meninos. Parecia outra: era a nossa Leonor alegre e bem-disposta. Passeámos mais um pouco, fomos comprar o jantar e fomos para casa. Jantou muito bem e já não dizia que se queria ir embora. Entretanto adormeceu por volta das 9.30 da noite e eu aproveitei para ir estudar para a tal prova que teria de fazer na 2ª feira. Mas tinha tanto sono que não conseguia concentrar-me. À meia-noite fui deitar-me julgando que a Leonor iria dormir a noite toda, pois já havia 2.30h que estava a dormir. Mas acordou ainda antes de eu me deitar e pediu-me thithi = leitinho. Eu sabia que se lhe desse leite ela despertaria e não voltaria a adormecer tão cedo...mas se ela me pediu era porque tinha fome e, claro, dei-lho.
Como previsto depois não queria dormir e começou a dizer papapa. Não sabíamos o que ela queria: não era papa, não era papá; só no dia seguinte descobrimos que era parque; tinha gostado tanto de ir ao parque infantil que queria voltar lá. Eu não aguentava o sono e o cansaço e adormeci enquanto ela ficou a brincar com o pai e a madrinha. Costumo ter dificuldade em dormir com barulho ou até mesmo a luz acesa: nessa noite dormia profundamente enquanto a Leonor pulava literalmente por cima de mim e gritava ou chorava!... Por volta das 3.30 da manhã acordaram-me para ser eu a deitá-la na caminha porque não estavam a conseguir: ela acordava logo. Como já estou mais habituada, peguei nela, deitei-a e ela ficou a dormir...até às 9 h. da manhã. Finalmente dormimos várias horas seguidinhas...que bom!

Domingo acordou mais bem-disposta (e eu também!) e foi passear com o pai ao parque enquanto eu fiquei a estudar. Viu os carros, viu passarinhos, comeu um chupa. Voltou muito sorridente. Este já foi um dia normal, de muita brincadeira e boa-disposição. A tosse também já não era tão forte! À noite adormeceu por volta das 10.30 e eu fiquei a fazer serão a estudar até às 2.30. Acordou às 5.30 mas voltei a adormecê-la e uma hora depois acordámos para um dia bastaaaante stressante!...

2ª feira chegámos ao hospital ás 8.15h. A Leonor tinha consulta às 9h e queríamos ser os primeiros porque eu tinha de estar, sem falta, às 15h no Algarve. Se ela tivesse logo a consulta tínhamos bastante tempo...mas já sabemos que há sempre atrasos.
Ao falar com a administrativa fiquei a saber que o processo da Leonor ainda se encontrava no serviço onde ela esteve internada. Mas lá expliquei que tínhamos urgência e disseram-me que o iriam pedir, pois sem ele a médica não a poderia atender.
Às 9.20 chamaram a Leonor. Ficámos satisfeitos, ainda era cedo e assim teríamos tempo para a viagem. Enganámo-nos: a médica sabia que estávamos aflitos com o tempo e disse-nos para irmos pressionar as administrativas porque o processo ainda não tinha chegado. Após várias conversas e pedidos, ficámos a saber que tinham perdido o processo. Era só o que nos faltava...e o tempo a passar!
E o tempo a passar...e o tempo a passar. Fui falar com a médica e perguntei-lhe como ficava a situação se não encontrassem o processo. Observaria a Leonor ou teríamos de ir embora?; não iríamos ficar eternamente à espera do processo. Respondeu-me que tinha de ter o processo consigo e aconselhou-me a fazer uma reclamação por escrito, que aqueles casos estão sempre a acontecer...eu até fazia, era realmente essa a minha vontade, mas eu não tinha tempo, queria era sair dali logo. Nesse instante disseram-nos que já sabiam onde estava o processo, que estava no serviço e não no arquivo onde o estavam a procurar (dah, qualquer pessoa sabia isso, eu sabia isso, porque é que não me perguntaram, eu saberia responder e até o poderia ter ido buscar se fosse permitido). Mas nem imaginam o tempo que demoraram a trazê-lo: uma eternidade.

Ainda estava eu à espera do processo quando o meu marido, que tinha ido levar uns croissants para o carro para comermos na viagem, chega ao pé de mim todo alterado a dizer que tínhamos dois pneus em baixo. Aí fiquei sem chão: como poderíamos chegar a horas sem o nosso carro? Ainda se fosse só um dava para trocar, mas logo dois? Pensámos que alguém os teria furado. Mas ele foi ver melhor e constatou que estavam apenas vazios.

Finalmente trouxeram o processo e disseram-nos que tinham demorado porque ele ainda não estava montado. Queria lá saber disso, naquele momento não desculpava ninguém; se a médica estava ali, a Leonor também, por que carga de água estavamos ali a perder tempo devido a "simples" burocracias?
Felizmente estava tudo bem com a Leonor, o mais importante, e a médica observou-a em 5 minutos. Disse-nos para colocarmos umas gotas e uma pomada durante uma semana, para continuarmos com as massagens e para voltarmos lá em Janeiro.

Partimos do hospital eram 11 horas. Já não dava tempo para passar por casa e deixar a Leonor. Teríamos de ir directos ao Algarve e a Leonor aguentar esta viagem e depois a de regresso a casa. Parámos duas vezes, uma para encher os pneus e outra para mudar a fralda, colocar gotas e comermos mais alguma coisa, e chegámos 15 minutos antes do início da prova.
Entrei na sala toda stressada, tinha sido uma manhã sempre a correr e não me sentia preparada psicologicamente para uma prova tão complexa como aquela. Mas acalmei quando vi o enunciado. Era uma prova só de resposta com cruzinhas e embora pudesse ter o seu grau de dificuldade, achei-a bastante acessível e, no geral, acho que me correu muito bem. Pelo menos isso!

Saí uma hora e meia depois e a Leonor tinha acabado de acordar. Como tinha vindo acordada na viagem, só tendo adormecido na última meia hora, dormiu duas horas no carro. O pai estava cheio de fome, mas não a queria acordar. Almoçámos uma sopinha já passava das 5 da tarde. Depois fizémos a viagem para casa, jantámos e dormimos a noite toda nas nossas respectivas e saudosas caminhas.

Ah, descobri também neste dia que o pré-molar (e não o canino como aqui já tinha dito) já tinha rompido. Ainda mais essa para chatear a Leonor nestes dias!...

Parabéns se conseguiram ler o texto todo. Fiquem a saber que ainda omiti muita coisa.
Peço desculpa por não ter dado notícias mais cedo; até tive oportunidade, mas já sabia que se fosse à net, perdia-me por lá e o meu tempo era tão pouco que o aproveitava para estudar.
Já estive a visitar-vos, a ler as novidades, e adorei os vossos auto-retratos. Quando tiver mais tempo, também quero um.

Uma última palavra: para as mães que felizmente nunca passaram por uma cirurgia aos filhos, quero só dizer que, apesar de toda esta descrição atabalhoada, correu tudo muito bem. Nós vamos fazendo tudo por etapas e só pensamos que estamos a fazer o bem para os nossos filhos. Claro que estava nervosa, aflita e super preocupada, mas se me dissessem, há dois anos atrás que eu iria passar por tudo isto (principalmente a cirurgia em Janeiro), eu julgava que não iria suportar. Mas por eles nós conseguimos tudo e descobrimos que temos muita força...e temos mesmo de ter.
Se eu nunca tivesse passado por uma situação destas, e lesse estes posts, também diria, como vocês, que não aguentaria. Eu espero que nunca tenham de passar por nada semelhante, mas caso isso aconteça, não pensem que são fracas e que o mundo lhes cai em cima. Nós passamos a ser pessoas diferentes quando nos tornamos mães, muito mais fortes...e é por isso que a maternidade é algo tão especial. E fiquemos por aqui que as lágrimas já espreitam...não que elas sejam proibidas, por vezes até nos fazem bem,...mas é preferível sorrir para a vida, é muito mais saudável!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Mais uma fase superada

Os últimos 5 dias mais pareceram 5 meses, tal a correria e o cansaço por que passámos.


Mas o importante é que a cirurgia correu melhor do que esperávamos e a Leonor encontra-se muito bem.

Comecemos pelo início...

4ª feira a Leonor acordou um pouco entupida e ficámos aflitos, pois constipada não poderia ser operada. Mas como não parecia ser grande coisa, 5ª feira fomos para o hospital e antes do internamento informámos que ela estava um pouco constipadita. Foi vista por uma médica que nos disse para ficarmos porque se ela não piorasse poderia ser operada já que era uma cirurgia simples. Esperámos que arranjassem vaga e ao fim da tarde lá fomos encaminhados para o quarto. Desta vez, ficámos num outro serviço (outra sala) e constatámos a existência de muitas diferenças. O outro onde estivemos em Janeiro era muito melhor, as enfermeiras mais atenciosas, responsáveis,...felizmente agora só lá ficámos 1 dia!

A Leonor jantou muito bem e não estranhou a "comida de hospital". Parecia adivinhar que no dia seguinte ia passar algum tempo sem comer... Mais tarde, já sozinhas no hospital porque o pai teve de sair, dei-lhe banho, um biberão de leite e adormeci-a. E para quem tem o sono leve até dormiu bem: só acordou 2 vezes, mas peguei nela e ela voltou logo a adormecer. Eu é que só devo ter dormido 2 horas...é complicado conseguir descansar num cadeirão e a ouvir choros de outras crianças e enfermeiras e auxiliares a falar alto no corredor...

No dia seguinte, 6ª feira, ainda a Leonor estava a dormir (desta vez em cima de mim no cadeirão), quando a vieram chamar para ir para o bloco. Fiquei surpreendida por ser tão cedo, pois disseram-me que ela seria a terceira a ser operada; mas tinham-se enganado e ela era primeira. Fiquei muito contente pois sabia que ela iria acordar cheia de fome e não poderia comer nada. Assim, nem teve tempo de sentir fome. Coloquei-a na maca para irmos para o bloco, mas claro que ela não quis lá ficar e então foi ao meu colo enquanto o maqueiro trazia a maca vazia atrás de nós. Lá despedi-me dela com um beijinho apressado e dei-a a uma enfermeira que a levou para dentro...fiquei a ouvi-la choramingar!...

Como foi mais cedo do que estávamos à espera, o pai ainda nem tinha chegado ao hospital e não a viu antes dela ir para o bloco. Liguei-lhe e ele disse-me que estava mesmo a chegar. Eu precisava mesmo que ele estivesse ali comigo, sentia-me tão desamparada ali sózinha... Quando chegou contei-lhe a nossa noite e início de manhã e depois fui comer. Nem me apetecia, mas sabia que a cirurgia demoraria pouco tempo e depois a Leonor precisaria de mim a tempo inteiro. Mas nem tive tempo de começar a comer: o pai chamou-me logo dizendo que já tinha terminado e que era melhor ser eu a ir ter com ela à sala de recobro, pois acalma-se melhor comigo. Quando cheguei ao pé dela ainda estava a dormir! Na outra cirurgia já estava a chorar quando fui ter com ela, mas como esta só durou uns 20 minutos no máximo, o efeito da anestesia ainda não tinha passado e tive de esperar uns 20 minutos até que a enfermeira fosse lá e a acordasse à força!

Acordou um pouco sobressaltada, mas estava calma. Olhou para mim e muito triste disse: mamã = mãe, dá-me colinho. Não consegui evitar que as lágrimas me caíssem...mas esbocei logo um sorriso e disse-lhe que a mamã já lhe dava colo, que agora tinha de ficar quietinha e que ficaria ali a brincar com ela!

Passados uns 10 minutos fomos para o quarto e aqui tive de lhe pegar pois não parava de chorar. Mas não a podia levantar e ela continuava zangada por estar deitada no colo, coisa que sempre detestou. Mais tarde, após algumas lutas com as enfermeiras que tentavam tratar dela, lá consegui adormecê-la e dormiu quase duas horas. Depois bebeu um biberão cheio de leite e não ficou mal-disposta como poderia acontecer; se lhe dessem tinha comido muito mais! E já tinha apetite para brincar e rir connosco. Ficámos muito contentes e orgulhosos por termos uma menina tão forte!

Mas o resto da tarde foi um pouco mais complicado. A Leonor só queria estar no meu colo, até aqui bastante compreensível, mas mesmo assim não estava bem e choramingava. Quando alguém tentava fazer-lhe alguma coisa começava a chorar desenfreadamente (há já algum tempo que a Leonor começou a ter aversão a batas: quando vê alguém com uma bata a meter-se com ela começa a berrar e temos de ser 3 ou 4 pessoas a agarrá-la para conseguirem fazer alguma coisa; até a colocação da pulseira de identidade no braço foi uma autêntica aventura). Ainda conseguiu dormir mais uma boa soneca, lanchou bem, mas via-se que não estava bem, estava muito rabugenta. Falámos com a enfermeira e ela disse que poderiam ser dores, que ia ver a que horas lhe tinham dado benuron. Bem, aí ficámos revoltados. Só lhe tinham dado benuron às 9 da manhã e já eram quase 6 da tarde...claro que tinha razão para ter dores, muito bem se portava ela. Coloquei-lhe um supositório e preparámo-nos para sair do hospital. A cirurgia tinha corrido bem e a Leonor teve alta no próprio dia e não no dia seguinte como previsto (ah, e também não saiu do bloco com o olhinho tapado como nos disseram que iria sair). A enfermeira deu-nos várias indicações e saímos do hospital já era noite.


Vou parar por aqui mas depois conto como foram os dias seguintes. Vim aqui num instantinho só para dizer que está tudo bem com a Leonor.

Obrigado a todos pelas mensagens de força!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Cirurgia

Pois é, tal como esperava a Leonor vai ser operada esta semana ao olhinho esquerdo para desobstruir o canal lacrimal.
Ontem foi um dia em cheio no Hospital. Tivemos a consulta de oftalmologia, a de anestesia e a Leonor ainda teve de tirar sangue novamente para novas análises. Chegámos a casa tão cansados...e 5ª feira temos de voltar para lá.


A Leonor vai ficar internada na quinta, é operada na sexta e se tudo correr bem sairá no sábado. Como tem consulta logo na segunda de manhã, passamos o fim-de-semana em Lisboa para podermos estar no hospital o mais cedo possível. Nesse dia à tarde tenho uma prova para um concurso no Algarve e não posso mesmo faltar: tenho de voar de Lisboa ao Algarve em tempo record. Desta prova depende o meu futuro profissional. Mas se este concurso já abriu há tantos meses, porque é que tinham de marcar a prova logo para estes dias em que a minha filha precisa de mim e eu não vou estar com a mínima disposição para estudar e fazer a prova?

O importante é que a cirurgia corra bem!
Confesso que não andava muuuito preocupada. Tenho a noção que uma cirurgia tem sempre os seus riscos, mas para quem já passou por uma bem mais complicada, esta é bem mais simples. Se esta fosse a 1ª vez que a Leonor fosse sujeita a uma cirurgia, a um internamento, a uma anestesia geral, etc, etc, etc, eu andaria bem mais preocupada. Mas com a aproximação do dia da operação começo a ficar mais nervosa, a pensar como tudo irá correr, como ela vai reagir. Aquando da outra cirurgia a Leonor ainda não estranhava as pessoas e até ficou mais ou menos bem quando lhe voltei as costas e saí da sala para só a voltar a ver 5 horas depois...agora não vai ser bem assim e sei que ela vai sofrer mais. Mas o importante é que o olhinho fique sem qualquer sequela e não tenhamos mais de lá voltar.

Mas do que eu não estava nada à espera era de ter de continuar a fazer as massagens dolorosas ao olhinho mesmo após a cirurgia. Andava a contar os dias para acabar com esta tortura e ontem fiquei a saber que tenho de continuar pelo menos mais um mês ou dois. Já não aguento vê-la sofrer tanto com isto...mas se é a única solução!


Por tudo isto vou ficar ausente da blogosfera uma semana.

Quando puder volto para vos e me actualizar.




sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Restabelecida

A Leonor parece estar a recuperar muito bem desta última semana.

Agora anda sempre a pedir-nos comida e nós ficamos estupefactos com o que ela come e até um pouco receosos.

Antes era raro pedir comida; quando lhe oferecíamos ela aceitava alegremente se estava com fome ou então não ligava nenhuma se não lhe apetecia. Agora só quer ir para a cozinha, pede comida, se não lhe damos (porque tem de tomar banho) começa a chorar e aceita tudo o que lhe damos. Parece estar a comer por todos os dias em que não comia quase nada.

Esta noite comeu dois pratos de esparguete com bife de peru cozido em tempo record (é tão engraçada a chupar o esparguete), uma uva, uma bolacha, um pedacinho de pão, muita aguinha e teria comido mais se lhe tivéssemos dado, principalmente uvas. Mais tarde, ainda me pediu mais papa e eu dei-lhe duas bolachas que ela comeu num ápice. Quando a preparei para dormir pediu-me leitinho mas não lhe dei, receosa que acontecesse o mesmo de há alguns dias atrás. Só espero que ela não acorde a meio da noite cheia de fome. Isso normalmente nunca acontece, mas se acontecer desperta e depois só dorme passadas 2 a 3 horas!...


E hoje finalmente também encontrou o seu sorriso, o qual havia perdido há já alguns dias, assim como a sua energia e até já dança a ouvir música; há já tanto tempo que não a via dançar que hoje quando o fez enchi-a de beijinhos.

Mãe, amiga, mulher



Obrigada Margui pelo miminho. Adorei!

Dedico-o a todas as mamãs que ainda não o receberam.

Aceitem-no, é para vocês!

gôgô

é o que a Leonor responde à pergunta: Como te chamas?
Repeti-lhe a pergunta e a resposta algumas vezes e ela agora já responde sempre, excepto quando lhe dá a vergonha e começa a esboçar um sorriso e tenta esconder os olhos...agora deu nesta.

Outra pergunta a que ela responde alegremente, mas esta já há uns 2 meses, é esta: Quantos anos tens? Ela responde un e espeta logo o dedinho indicador.

3, 2, 1! Chegaram as férias. Sim, vou tirar 2 semanas de férias, se é que se podem designar deste modo. Vou ficar por casa estes dias devido à possível, mais que provável, cirurgia da Leonor. Segunda-feira vamos a uma consulta prévia onde se vai decidir da sua viabilidade...mas eu já sei qual vai ser a decisão.

Outra actualização: a Leonor já tem outro dentinho, mas não me deixa ver bem e eu nem sei qual é. Só sei que é no maxilar superior esquerdo e fica lá para trás...e pelo que vi parece-me um pouco tortinho...já estava à espera que os dentes ali nascessem tortos, mas não tão atrás. Mas não vi bem e também nasceu há pouco tempo, ainda não cresceu e assim não se consegue perceber bem.
Os caninos é que parecem estar a incomodá-la um pouco. Já tem as gengivas muuuito grossas, notam-se bem que estão quase a romper, mas nunca mais se resolvem!...

Depois dou notícias sobre a consulta.
Bom fim-de-semana para todos.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Poesia

Descalça vai para a fonte


Descalça vai para a fonte
Leonor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.

Leva na cabeça o pote,
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.


Luís Vaz de Camões

Quando escolhi o nome da Leonor, este poema não me saía da cabeça e também me era declamado por algumas pessoas quando dizia que era este o nome dela.
Mas recordo-me mais da forma original em que o nome é Lianor.

É ou não é um dos poemas mais bonitos da Literatura Portuguesa?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Visita ao pediatra

Ontem à noite fomos a uma consulta ao pediatra da Leonor.

Sabíamos que deveria estar tudo bem, apesar da falta de apetite, mas nada como a confirmação para podermos ficar mais descansados.


Mal entrámos na sala e a Leonor o viu lá ao fundo iniciou-se um choro descomunal que só cessou quando saímos da sala no final da consulta. Ele disse que era normal nesta idade ter esta reacção a estranhos (embora ela o conheça desde o segundo dia de vida, mas claro, vê-o apenas periodicamente). Além disso, ela já estava rabugenta antes de lá entrarmos e cheia de sono.


Expusemos os acontecimentos da última semana e ele disse-nos que aparentemente ela tinha tido uma gastroenterite sem diarreia e que os vómitos seguintes se devem a desregulações do organismo complementados com excesso de comida. Eu sabia que sim, que os últimos vómitos estavam associados a comida a mais.


Após uma observação bastante dificultada pela birra enooorme da Leonor e verificação do peso (já pesou mais 200 g. do que na semana passada...mas a balança também era outra!), disse-nos que ela estava muito bem e ficou bastante admirado dela não ter vomitado o jantar com a força que fez com a birra, pois tínhamos dito que ela, finalmente, tinha comido muito bem e nós até tínhamos achado que lhe podia fazer mal.

Depois deu-nos vários conselhos sobre a alimentação e elucidou-nos sobre muitas das nossas dúvidas.
O principal conselho foi o de NUNCA forçar a Leonor a comer, mesmo quando ela já estiver recuperada. Se ao almoço ela só aceitar 2 colheres da refeição, não insistir; dali a algum tempo sentirá fome e pedirá comida. Eu normalmente nunca insistia com a Leonor para ela comer: pelo contrário, desde que introduzi a sopa na sua alimentação aos 4 meses, era ela que me pedia sempre mais, eu nem tinha tempo de encher a colher, já ela estava a reclamar. Perto de completar o ano começou a distrair-se mais durante as refeições e eu comecei a insistir um pouco porque sabia que era só distracção mas que ela comeria mais...eu estava habituada a vê-la comer bem. Mas normalmente ela aceitava bem os alimentos e eu nunca os "empurrei" como tenho visto algumas mães fazer (não estou a recriminar ninguém, é normal preocuparmo-nos com a alimentação dos filhos). Só esta última semana é que tenho insistido mais por vê-la tão em baixo, mas claro que era nesta altura que não poderia forçar, é normal que tenha menos apetite, podemos ver por nós quando andamos assim...

O pediatra disse-nos que se começarmos a insistir com ela para comer, criamos um imbróglio para sempre (palavras dele): torna-se muito chato para nós ter de andar sempre atrás dela a insistir, mas, principalmente, será mau para ela porque o acto de comer deixará de ser um prazer para se tornar num castigo, e ela não comerá mais por isso e nem é saudável.
Eu concordo com ele e tentei sempre não tornar as horas da refeição numa obrigação...mas quando estão doentes ficamos mais aflitas...

Ele passou-se foi quando eu disse que ela já bebia 300 ml de leite de manhã e 200 ml à noite. Tudo o que é mais de 200 ml é um exagero e à noite deve beber menos... Eu até achava que ela bebia muito, mas custava-me quando lhe dava menos e ela começava a chorar e a pedir mais (tal como fez ontem à noite)...se pedia era porque tinha fome. Mais vale beber menos e depois dar-lhe uma bolachinha...mas ela prefere o leitinho!

Esta manhã fez uma birra descomunal porque eu vesti-a antes de lhe dar o leitinho e quando lho fui dar estava tão zangada que não o aceitou. O pai lá conseguiu enfiá-la no carro depois de vários minutos a tentar que ela se sentasse na cadeirinha, mas chorava e esperneava por todo o lado...agora são assim as birras dela. Deixei-a com a tia, que fica a 2 minutos da nossa casa, e disse-lhe que só quando ela acalmasse aceitaria o leite, antes não valia a pena...já a conheço bem. Mas se chora porque tem fome porque é que não come? Teimosa como os pais!

Quanto a estas birras o pediatra também nos disse para termos cargas de paciência (palavras dele) até aos 2 anos e meio. Eu até já sou mais paciente do que era...mas não vai ser nada fácil!